quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mídia - Estado de Minas

Garimpar não sai de moda

Antiquários e brechós oferecem boas oportunidades para comprar peças de qualidade e com história para contar. Saiba escolher os objetos mais adequados ao gosto e ao bolso.

Júnia Leticia - Estado de Minas

Publicação: 29/04/2012 08:53 Atualização: 02/05/2012 13:40

Estilo que vem dos antiquários

Para quem gosta de objetos com história e um toque de arte, o destino certo são os antiquários, que, de acordo com a designer de interiores Flaviane Pereira, trabalham com o conceito de qualidade e bom gosto. “Dedicam seus espaços à apresentação de antiguidades e raridades, em sua maioria, europeias, entre belos objetos, como móveis, porcelanas, cristais, luminárias, bronzes, mármores, relógios e colecionáveis. Já os brechós misturam antiguidades, peças novas ou que receberam releituras.”

Segundo Flaviane, nos antiquários, geralmente, são encontradas peças raras, antigas, que foram restauradas. E nada de pensar que eles abrigam velharias que não são usadas mais. “Os clássicos nunca saem de moda. Por isso oferecem um toque de simplicidade e sofisticação ao mesmo tempo. Nesses ambientes, cercados de beleza, o passado se mistura ao presente e os clássicos se tornam modernos”, considera.

Agora, é só partir em busca das peças que tornarão a decoração dos ambientes mais do que especial. O segredo para alcançar esse resultado é ter disposição para garimpar e compor o ambiente com bom gosto e criatividade, conforme Flaviane Pereira. “Um passeio por brechós de móveis é um mergulho em tradições e histórias de épocas clássicas. Peças exclusivas e raridades, algumas assinadas por designers ou artesãos consagrados, ficam ao alcance do bolso e compõem uma charmosa miscelânea de estilos para montar ambientes com personalidade”, ressalta.

DIVERSIFICADO

Entre as vantagens de recorrer a lojas especializadas, a designer de interiores Flaviane Pereira destaca a economia e a identidade das peças

(foto Eduardo Almeida/RA Studio)

Entre as vantagens de recorrer a lojas especializadas, a designer de interiores Flaviane Pereira destaca a economia e a identidade das peças.

Da tradição à modernidade

A escolha de artigos de brechós e antiquários prova que o antigo e o novo podem andar juntos, em harmonia. Resultado são ambientes personalizados.

Na opinião da designer de interiores Flaviane Pereira, a vantagem de recorrer a brechós, por exemplo, é poder comprar móveis, novos ou antigos, que decoram com economia e personalidade. “Além de deixar o ambiente repleto de histórias, com um toque nostálgico e atemporal”, considera. De acordo com ela, garimpando é possível encontrar um móvel vintage a um preço convidativo, que valorize a história do morador. Para isso, pode-se, até mesmo, resgatar peças de família. “Valem objetos, tapetes, luminárias e até móveis antigos. É importante resgatar memórias de época ou de uma vida”, diz Flaviane.

Com tantas possibilidades, pode ser vantajoso investir na restauração dos objetos, alterando sua funcionalidade, conforme a designer de interiores. “Se precisar, pode recuperar a peça e imprimir mais versatilidade. Mude o uso de itens comuns. Uma cristaleira pode virar a estante dos livros, a penteadeira pode se transformar em aparador na sala ou o espelho da penteadeira pode ir para o lavabo”, sugere Flaviane Pereira.

CAUTELA

A designer de interiores Flaviane Pereira também ressalta a necessidade de se ter uma referência a respeito do local onde se pretende fazer a aquisição. “É importante procurar lojas sérias, envolvidas com a restauração e manutenção das peças para garantir que a compra tenha sucesso.” Para Soraya Falcão, a informação é uma grande aliada para que a aquisição não resulte em arrependimento. “A primeira dica é procurar se informar com um profissional da área de decoração sobre lojas confiáveis e conhecidas por eles, ou tentar, na hora da compra, levar pessoas que conheçam o produto que se está comprando.”

Dentro das medidas

Com relação ao que fica ruim ou feio no ambiente, Flaviane Pereira diz que o que há são escolhas inadequadas. “É moderno fazer o mix entre peças contemporâneas e antigas, mas quem define isso é o morador. Alguns têm preferências apenas por peças contemporâneas e, nesse caso, o vintage se enquadra melhor do que as peças de antiquário. Móveis antigos podem receber design moderno e abranger mais gostos do que as peças muito clássicas”, considera.

Flaviane observa que, na decoração, algumas pessoas não sabem o limite entre as lembranças e o design atual, o que pode resultar em um ambiente poluído. “Uma parede com várias telas com fotografias de família é interresante, mas várias paredes com muitas telas poluem e dificultam a identidade do ambiente.”

TOME NOTA

Confira as dicas para acertar na escolha de peças de antiquários e brechós

» Fique atento à qualidade, estado de conservação e procedência da peça
» Procure se informar com um profissional da área de decoração sobre lojas confiáveis
» Compre peças básicas e complementares ao que você já tem
» Invista em lustres de cristais, móveis em geral, peças em prata, quadros e relógios
» Faça um orçamento da restauração e avalie o custo/benefício antes de adquirir uma peça antiga que não esteja em boas condições de conservação
» Aposte na personalização. Um móvel antigo pode resultar em uma grande produção, como as cômodas antigas, que podem ser laqueadas em diversas cores, como amarelo e azul
» Invista em soluções simples, como a troca de puxadores, para modernizar o móvel. Pintá-lo com estampas diferentes também pode ser uma ótima alternativa
» Evite peças muito rebuscadas, com muitos detalhes. Use objetos antigos com moderação
» Fuja dos excessos. Algumas pessoas não sabem o limite entre as lembranças e o design atual. Por exemplo: uma parede com várias telas com fotografias de família é interessante, mas várias paredes com muitas telas poluem e dificultam a identidade do ambiente
» Não misture estilos diferentes. É preciso saber conjugar objetos antigos com modernos, fazendo com que o ambiente não fique pesado
» Invista na iluminação correta para destacar e valorizar a peça